Alerta sobre o surto de cinomose canina

12/11/2021 - 09:10:15 - Agricultura e Meio Ambiente

A Secretaria de Agricultura alerta sobre o surto de cinomose em Medianeira e pede que os tutores de cães não deixem seus animais soltos nas ruas e realizem a vacinação.

A falta de imunização dos filhotes e a desatualização de vacinas dos cães adultos são os principais fatores de contaminação e óbitos.

A médica veterinária Karoline Colombelli Jobim salienta que a cinomose é uma doença viral grave e altamente contagiosa, que afeta principalmente filhotes ou cães com o sistema imunológico debilitado. As formas de contágio são por meio do contato com as secreções nasais e urinas de animais doentes, assim como pelo uso de objetos contaminados, como comedouros e bebedouros.

É importante destacar que a cinomose canina não é transmissível para gatos.

Uma vez no organismo dos cachorros, o vírus pode atacar os sistemas nervoso, respiratório e gastrointestinal. “Felizmente, já existe uma vacina para manter os cães sempre protegidos. Basta o tutor seguir corretamente o protocolo vacinal contra a cinomose, que se inicia aos 45 dias de vida com 3 a 4 doses intervaladas de acordo com a orientação do médico veterinário, e posteriormente é feito o reforço anual”, destaca a veterinária.

É aconselhável evitar sair com o cachorro, especialmente para locais em que há presença de animais doentes, limpar muito bem os ambientes e os acessórios utilizados pelo cão.

Vale ressaltar que o vírus da cinomose é sensível aos desinfetantes de uso doméstico, uma simples desinfeção com água sanitária já é o suficiente para matar o vírus nas superfícies, calçadas e objetos.

A cinomose é doença infectocontagiosa não zoonótica, o que significa que não é transmissível ao homem.

PRINCIPAIS SINTOMAS

Se apresenta sobre quatro formas clínicas:

cutânea: apresenta sintomas na pele e nas mucosas como erupções, dermatite pustulosa, conjuntivite e secreção ocular (remela).

Digestória: atinge especialmente o esôfago, estômago e intestino, causando desarranjos gastrointestinais, como: diarreia e vômito.

Pulmonar: provoca inflamações na laringe e faringe, desencadeando tosse, espirros e, secreções nasais.

Neurológica: falta de coordenação, tiques nervosos, paralisias e convulsões.